Tempos modernos. Pós-modernidade. Tudo que as pessoas fazem é condicionado a uma dependência jamais vista – [é preciso que o mundo veja, é preciso que se midiatize]. Um foco na observação social vaticina olhares diferentes sobre coisas iguais [claro, é a manutenção da individualidade], ao ponto que as desigualdades parecem invisíveis a quem pode, de fato, intervir nelas. Há um abalo interno em cada criatura. Há uma bomba-relógio armada nos corações. Há um resquício de humanidade na humanidade.
Ainda existem possibilidades de facilitar as coisas, de tornar o [mundo] mais suportável e menos desigual. Enquanto isso não acontece [o que parece ser mais provável], busca-se alternativas alienantes, das químicas às abstrações ideologicamente produzidas nas 'usinas de esperança', sempre visando tornar suportável uma existência talvez insatisfatória. Não existe um veredicto absoluto sobre as questões da vida e sobre a essência da realidade. Continua-se a pensar. A existir. A sobreviver.
[imagem: google]