Mais do que nunca a comunicação – no sentido de promoção, desenvolvimento e manutenção de relacionamentos – está em evidência na teia da sobrevivência social; seja essa comunicação no âmbito empresarial ou até mesmo – e às vezes principalmente – no pessoal. A arte de comunicar-se bem, na busca incessante pelo “estar em evidência” é bem mais que um talento, é uma conquista a ser perseguida. Nesse sentido, não é tão complexo entender o porquê de o mundo empresarial ter “se encontrado” tanto no universo da comunicação; antes, sendo um setor subaproveitado – ou até mesmo deixado à mercê do esquecimento –, a comunicação (significando aqui o estabelecimento de relações de caráter puramente informativo, visando a conquistar prestígio, e não somente a relação técnica emissor-receptor) ganha um espaço importantíssimo na esfera geral da sociedade organizada.
Os profissionais da informação não mais têm suas funções e atividades limitadas às redações e aos estúdios de TV e rádio, mas encontram, na oportunidade gerada pela carência de técnicas informacionais nas áreas, digamos, “extra-imprensa”, um espaço para desenvolver um serviço de promoção de valores, tanto sob o ponto de vista da efetiva comunicação empresarial como sob o prisma da comunicação social.
Embora com suas particularidades (oriundas das transições políticas nacionais), a prestação do serviço de assessoria de imprensa teve, no Brasil, um desenvolvimento quase semântico aos desenvolvimentos europeu e estadunidense. Mas o grande conflito, que ainda pinga nas toneiras do meio jornalístico, é um certo preconceito entre os profissionais da imprensa em si e os profissionais de mesma área que atuam na representação de particulares. Mas aí entra outra questão: quem é que não representa particulares nesse oceano do jornalismo? Tão intrínseca quanto esta situação é a abertura de consciência, no sentido de que é preciso haver – e de fato já está acontecendo – a perfeita harmonização entre os setores que, na realidade, se complementam. Na busca em se realizar uma comunicação eficiente e eficaz, visando a criação de uma imagem perfeita, da empresa e/ou da imprensa.
Afinal de contas, a relação imprensa-empresa não é nova. Todos buscam (pelo menos teoricamente) prestar um serviço de informação social, onde a imprensa (que é também empresa) sobrevive lado a lado com o setor empresarial (que se faz imprensa, via serviços de assessoria), na ânsia de ver seus atos e ações espelhados na voz da imprensa de massa, que influencia essa massa. Dessa forma, as empresas também atingem as massas.
texto acadêmico, entregue em 12/02/2009-5, na disciplina Assessoria de Imprensa [prof. Mila Pernisa]