Em que acreditar?
Onde depositar as esperanças?
Onde se pode encontrar águas límpidas e profundas, ou um lindo bosque,
escondido sob um luzidio fim de tarde?
Onde se pode ouvir a queda de uma pétala seca?
Onde se refugiar do medo?
Onde encontrar a força que obste as incertezas?
Como fugir das lágrimas?
Como alcançar o invisível e tornar claro o inevidente?
Onde vivenciar a limpidez da sinceridade, ou assumir a performance impetuosa do vento?
Como vencer as fragilidades do coração?
Como encarar a vida, ao mesmo tempo, driblando a coragem?
Como olhar pra dentro de si e defrontar a sequidão que às vezes nos aprisiona?
Como não chorar a sós, na lembrança dos problemas, ou no alvitre do choro alheio?
Onde se pode encontrar águas límpidas e profundas, ou um lindo bosque,
escondido sob um luzidio fim de tarde?
Onde se pode ouvir a queda de uma pétala seca?
Onde e como perceber o sorriso do tempo?
Como materializar a inspiração se, embora consumada, permanece dentro do artista?
Como fomentar o sorriso num mundo como este?
Como explicar a densidade dos pensamentos, tão “tocáveis”?
Onde encontrar a cura para um coração apaixonado?
Como saciar a sede do miserável ante a inércia luxuosa do leviano opulento?
Como encontrar nossos defeitos antes que outros o façam?
Onde está a alegria, o repouso, o lago translúcido naquele lindo bosque?
Onde estão a experiência e a inteligência, quando mais se precisa delas?
Onde estou agora, ao compor isto, que flui não sei de onde?
Como posso não vencer a mim mesmo, sabendo que sou tão fraco?
Como pode, onde, de que maneira, será possível obter respostas?
Como ultimar as indagações, se elas são maiores e mais numerosas que as certezas?
Como, onde, quando?
Onde se pode encontrar águas límpidas e profundas, ou um lindo bosque,
escondido sob um luzidio fim de tarde?
Onde se pode ouvir a queda de uma pétala seca?
Como ultimar as indagações, se elas são maiores e mais numerosas que as certezas, minhas incertezas?
Onde? Como? De que maneira?
5 comentários:
Tuas perguntas são inquietantes, sabê-las é o que nos move.Adorei teu blog, e não acho justo que eu "avalie" tua prosa, ela é parte de tua reflexão, de tua criação...gosto muito, mas julgar? que é isso, vc só precisa é continuar escrevendo.
É, amigo, vc e eu filosofando, refletindo em nossos blogs.
Boas perguntas vc fez.
Beijos e obrigada pelo pertinente comentários. Afinal, não podemos mesmo deixar de nos inquietar.
Até.
Olá, Júnior!
Muito obrigado pelo carinho do comentário! Que bom que gostou! Fiquei bastante feliz, pois você tem um belo blog, repleto de sensibilidade; então, pra mim, é uma honra uma opinião sua, assim tão positiva, sobre aquilo que escrevo.
Te espero sempre na Torre. Prometo te visitar por aqui!
Um abração! Até breve.
Pedro Antônio
Olá, Júnior!
Passei aqui para agradecer sua visita ao meu blog...
Compreendo suas dúvidas e as aceito. Afinal, vivemos em um país com liberdade de manifestação religiosa.
Mas gostaria de esclarecer que a seara espírita crê na possibilidade de regeneração pela multiplicidade de existências. Assim como um Pai, em sua infinita misericórdia, dá uma nova chance ao seu filho para que aprenda com seus erros. Pode parecer uma visão "simplória", mas justifica muitas das desigualdades existentes no mundo... Ressalto que este posicionamento em nada se confunde com a aceitação e resignação diante das adversidades, pregada por muitas igrejas.
Esta é uma visão e você um dia vai encontrar a sua.
Busque seu caminho e encontre a sua verdade!
Fique com Deus!
...O que seria da música...sem a "pausa"...o silêncio...
...O que seria de mim...sem a "noite do inconsciente"...a resposta...
Lindo o seu poema...!!!
Abraços,
Nirma Regina
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