A busca da boa reputação: a intenção

terça-feira, 15 de setembro de 2009 ·

“... os comunicadores corporativos brasileiros estão fazendo escola pelo mundo afora.”
Leda Beck, Revista Valor Setorial, texto A arte dos construtores de imagem, p.14


A comunicação corporativa tem demonstrado ser a balança fiel das empresas na hora de averiguar a receptibilidade ou não de informações prestadas pelas organizações, seja para o público interno ou externo. Num mercado política e socialmente transformado, onde as mudanças na rotina administrativa de uma empresa são tão constantes, é necessário o desenvolvimento continuado de novas performances na hora da comunicação. Não que os conhecimentos e valores que as experiências do passado proporcionaram devam ser prescindidos e desconsiderados; o fato é que os novos procedimentos no mundo moderno da informação se sobrepõem, congregando, em novos modelos de atitude profissional, experiência e inovação, no propósito de atingir um nível de excelência no fluxo da comunicação organizacional.

Trabalhando na promoção de imagens corporativas, o comunicador da atualidade deve agregar, a seus conceitos particulares, os valores sociais da nova era. A proposta é enquadrar-se no ambiente socialmente correto, levando ao conhecimento da sociedade aquilo que de fato está sendo realizado pela organização que ele representa. É claro que a empresa não estará tirando pombos do chapéu. Ela há de desenvolver uma comunicação séria e verdadeira, apoiando suas políticas administrativas e sociais no seio da realidade, quer dizer, a empresa precisa viver o que diz.

E a maneira como vem sendo desenvolvida a comunicação organizacional no Brasil tem chamado a atenção das matrizes internacionais de empresas aqui estabelecidas; esta é a razão da frase supracitada por Leda Beck, no cabeçalho deste artigo. Merece atenção especial o fato de as empresas estarem se preocupando em mensurar a eficácia da comunicação por elas divulgadas; e, para isso, se servem de pesquisas e profissionais de áreas diversas, visando obter uma quantificação – nesse caso, a busca da “materialização dos resultados” – manifestando aí a intensa preocupação em ter sua imagem pública associada ao correto, ao honesto, ao socialmente íntegro, visando tornar tangível a medição de o quanto elas são bem vistas. É a eterna busca em manter a reputação sadia e incólume.

Na constante busca por resultados positivos, a empresa desenvolve conexões entre os valores sociais evidentemente necessários ao progresso coletivo e seus próprios valores. Esta é a chave para criar, no universo cognitivo da sociedade, a associação entre as ações da organização e o que é realmente benéfico para o coletivo. Dessa forma, um novo conceito se desenvolve na comunicação empresarial: a eficácia da comunicação só acontece quando o velho princípio da informação flui corretamente – o emissor se utiliza do canal correto (meio), codificando seus propósitos dentro de um contexto intercultural (que entendo como adaptação de ideais particulares ao um propósito predeterminado, propondo a aculturação), para que o receptor (decodificador) compreenda a razão de determinada organização estar presente em seu país. Isso faz do comunicador um Edu-articulador, neologismo da própria Valor Setorial, o que nos leva a entender mais claramente o porquê de a comunicação ser a ferramenta mais poderosa na formação do pilar mais importante de uma empresa: sua reputação.

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Espaço de conteúdo [basicamente] acadêmico. Ainda em construção, este blog publica textos entregues em trabalhos da faculdade, além de pensamentos e comentários do próprio autor. A intenção é justamente essa: que você leia e critique. Que você goste ou não. Dividem a responsabilidade comigo os que comentam neste espaço.

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